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sexta-feira, 22 de abril de 2011

EM CONSTRUÇÂO

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sábado, 28 de novembro de 2009

Fatos

Existem coisas que me deixam louco, e que neste pequeno texto pretendo exemplificar algumas, subserviência com os poderosos, implacáveis com os desfavorecidos, explicando de forma pouco convincente como os impostos são gastos, e, é lógico, incontáveis CPI`s. lamentáveis incidentes que nos fazem pensar com quem esta o comprometimento de nossos governantes, afinal, vão nos representar ou nos explorar? Nos defender ou nos atacar? Fazer pelo povo o que o povo não pode fazer por si ou lotar cuecas e malas de poderosos de dinheiro alheio?

Não é apenas isso que me choca, mas também o desperdício de tempo que já não é de hoje, habita os corredores do plenário. Alguns governos atrás, meses foram gastos na eleição de relator de áreas publicas motivo da demora: não havia assinaturas suficientes na papelada. Os senadores em questão eram visitantes onde deveriam estar diariamente, em seu ambiente de trabalho. O relator que o antecedeu reclamava o excesso de trabalho, não é maravilhoso? Trabalhar três dias na semana e receber mensalmente a renda anual de uma família de baixa renda, ou até mais, conheço casos de famílias sustentados por R$ 4.000,00 (R$ 350,00 mensais).

Outra coisa que me mata, são frases feitas publicadas em jornais, a fim de justificar certos ´´desacertos``. Frases tais como:

´´Estamos trabalhando nisso``, essa é muito comum também com a variante ´´para vocês`` no lugar de ´´nisso``;

´´Nos não descansaremos``, essa por sua vez muito comum em CPI`s.

Somos os empregadores, mas eles não trabalham a nosso favor, então estão ´´trabalhando`` pra quem? E se toda CPI termina em pizza, e eles, comissão julgadora e senado, dizem que não descansaram, esses indivíduos vão passar o resto da vida sem dormir?

Nossos candidatos após eleitos aprovam leis facilitadoras, não pra nos, povão, classe trabalhadora, mas para as multinacionais, não para as empresas pequenas, mas para conglomerados riquíssimos. Empresas pequenas e cooperativas são o alvo da sacanagem que vai desde dificuldades de adequação com as leis até tributos absurdos.

Ouçam o conselho que eu ouvi: ´´Quer ficar rico? Leve seu capital para o exterior, abra lá a sua empresa e venda seu produto para o Brasil até alguém ficar interessado e abrir uma franquia sua aqui, deixe que ele bata de frente com a burocracia brasileira e com as normas pra estrangeiras!``.

O fato inaceitável é que os que detêm o poder estão se lixando para os problemas dos pequenos, de olhos fechados você é útil para elegê-los, mas se for pensante e for governar junto a eles (participar) você é inútil. Vamos ao confronto, ao entendimento, xingue, grite e os retire se eles não correspondem às expectativas, somos parte disso e temos esse poder...

Evolução

Da minha janela vejo crianças brincando de forma desordenada, se machucam buscando lugar entre os carros. É o único lugar disponível, a rua, esses meninos têm menos idade que eu tinha quando o asfalto chegou, a única diferença entre eu e eles é a conversa que ate assusta:

-Se tu quiser a gente acerta com eles, é dois ´´palitos dá nada``!

Quando presto atenção reparo que esta como sempre foi, mas será que muda? O cinema joga na violência no chão da minha sala onde o traficante é negro ou latino, ganha milhões, mas não sabe falar ou se expressar, no mesmo cenário, andar armado é bonito. Assisti a tantos filmes em que o vilão era negro e se fazia entender pela força que eu quase cheguei a pensar que também deveria agir assim. São tantas coisas erradas que se passaram por normais, tenho com exemplo:

· Político que rouba, mas faz;

· Traficante que vende drogas, mas ´´protege`` a comunidade;

· Injustiça em prender ladrão pobre (não aceita o furto, mas te m complacência com o infrator);

· Olhar de cima quem é menos que eu.

Não via discriminação no neguinho que aparece nas historias:

-O cara saiu dando pancada, cê só via ´´neguinho`` voando pra todo lado.

Era normal até o dia em que reparei que todos eram você, rapaz, moço e só eu era NEGÃO, MORENO e NEGUINHO. Um cara me chamou de ´´negão``, eu respondi, chamei de ´´brancão``, fui tachado de racista, faltou pouco pra me apedrejarem ou açoitarem, ainda ouvi que o preconceito parte do próprio negro, eu era racista por dar o mesmo tratamento que recebi? Como é isso?

Eu aceitava o mundo sem reservas até reparar que eu não sou o padrão do mercado, que em um filme ou novela de 300 eu sou uma ou duas pessoas, não protagonizo novela e no que depender de comerciais de TV eu não me visto, não tomo banho, não lavo cabelo, não como ou escovo os dentes.

Empurra o modelo europeu garganta abaixo e não é o que eu vejo no espelho, fico triste ao ouvir que meu cabelo é ruim, pois se assim é, também sou ruim, pois meu cabelo é próprio da minha raça e nem eu nem cabelo não somos piores ou inferiores.

Você não sabe a diferença entre nossas peles, mas o censo, o IBGE e a policia sabem e enxergam com clareza. Da melanina em minha pele ao meu cabelo crespo eu me aceito, o mundo, do pólo sul ao pólo norte, as pessoas, do homossexual ao esquimó, eu aceito sem preconceito, porque não estendem esse mesmo entendimento que é meu direito para mim?

Hoje, dia em que escrevo essa carta, é sexta-feira, são 23h45minhs eu não fui a festas ou zoeira, fiquei em casa e escrevi esse manifesto, uma carta a moda antiga, a próprio punho, com uma caneta azul sem tampa, rascunho de um texto digitado que eu encero com uma simples mensagem:

Não aceito estereótipos e não aceito racismo e discriminação!

poder

Um garoto ante um policial pode ate enxergar uma carreira promissora na farda que deveria trazer proteção, ate que numa bela noite numa bela noite, aquele que ele admira, o para, o espanca e o intimida sob a mira de um revolver, em frente a todos, conhecidos, amigos e parentes, todos o vêem ser humilhado sem motivo e esse garoto vê como o cano reluzente causa tumulto. Temos nesse momento o inicio da revolta que gera o caos, o objeto imóvel onde as forças que representam autoridade (família, policia, estado, etc...) param.

´´Mais um menino vira homem``, digo isso porque parte da sua inocência morreu e infelizmente, ele adquiriu conhecimento valioso e pratico: ´´Se ele possui uma arma e faz o que quer, as armas são necessárias. Quem possui arma possui poder!``.

Com esse pensamento ele toma posse poder de outro poder; O poder de pegar sem de pegar sem pedir, de tornar a margem o centro, de matar sem esforço, o poder chamado de PARALELO!

Quem diria que três minutos geraria um problema tão grande? Quem diria que três minutos impensados geraria um problema tão grande? Quem diria que três minutos de irresponsabilidade geraria um problema tão grande? Como aceitar que quem deveria me proteger me machuca? Se você é meu exemplo, vou ser como você. E se você for meu pai? Sim, só por que eu não falei do papel dos pais não quer dizer que não há o mesmo exemplo dentro dos lares. O perfil se encaixa e é a mesma verdade, o espelho das crianças são os adultos que a cercam.

Isso gera tantas questões, porque a força que vem a periferia age com os inocentes da mesma forma que com os culpados? Com os críticos da mesma forma que com os alienados? Com os negros da mesma forma que com os bandidos?

É simples traumatizar, mas também é simples salvar, gestos educados, palavras de respeito, não intimidar, estender a mão, afinal, uma lagrima de dor torna uma criança candidato a traficante, e talvez um sorriso o torne candidato a presidente.

A barreira que desumaniza acaba com o amor próprio e conseqüentemente com o amor ao próximo isso o isola em um universo paralelo, um mundo próprio onde limites não existem do seu ponto de vista não tem de dar ouvidos a quem me odeia ou não me respeita, pra ele não existe crime ou certo e errado, só existe a alternativa de vida e seus ´´tutores`` são seus iguais.

Fugindo da verdade e fechando os olhos para os fatos, temos o governo, enriquecendo os seus enquanto passamos fome, gastando 40 mil em auxilio terno sem poder dar 4 mil por mês para manter uma UTI em funcionamento, assinamos calados os contra-cheques mais gordos do país para que eles vivam enquanto sobrevivemos. Aceitamos com gritos de gol que se gaste mais com o esporte que com a educação, vendemos as armas que os traficantes usam e alimentamos a divida externa comprando mais e mais modernos armamentos, isso não é solução, se armas fossem solução não haveria violência nos morros nem guerras no oriente médio, não cuidamos de nossas crianças e depois vamos ter de trancar mais e mais adultos em cubículos, sabe como é, dois corpos não ocupam o mesmo lugar no asfalto, digo, no espaço, vamos cuidar ou uma hora explode...